domingo, 29 de julho de 2012

Aquela pessoa continua e continuará a ser nossa referencia afetiva mais sincera e profunda

Não importam os anos, certas coisas simplesmente permanecem!

Então eu pensei que em uma manhã antes do dia, que era um dos acalmados de julho, tudo havia se dissolvido. O que um dia foi tudo, era agora apenas lembranças. Mas o Universo não gosta de obviedade. E me abriu um baú de surpresa. Depois das lágrimas, dos ressentimentos, do desejo de esquecer(...) o telefone tem que tocar pra tocar exatamente onde não era pra tocar. Um número não salvo na agenda, mas tão conhecido. O coração que acelerou, a pressão sanguínea que aumentou, as pernas que não aguentavam o corpo e logo um acento foi providenciado, uma voz que quase não saia e eu sei que você percebeu tudo. Todo o impacto que não importa os anos que passem, as horas que não voltam, os novos momentos, você ainda é a única coisa que me desestrutura, me abala, me irrita, me sensibiliza, me conforma, me protege (...) Eu podia ter ouvido tudo da sua voz no outro lado da linha, menos "desculpa". Meu peito calejado, preparado pra ser educada e não lembrar de nada, perdeu-se com essa única palavra: desculpa! 
E o que era voz virou um som fininho, quase impossível de ouvir, o que era visível mergulhou na umidade das lágrimas e o passado passou como um breve lance de futuro tão impossível quanto nascer um ovo de uma flor. E eu pensei em você a semana inteirinha. E fiquei meio louca e desequilibrada. E tudo me atingiu, e foram tantas coisas. E tinha apenas um buraco que eu caia, mas não era no país das maravilhas. 
Foi quando numa noite dessas que o frio incomoda mais que velhas lembranças, eu tive um sonho. Eu estava perdida, confusa, com medo(...) todas as minhas frustrações reais estavam lá e tinha tudo pra fazer dessa surrealidade um pesadelo, mas não foi, porque você apareceu nele. Você estava lá. Estava comigo, como no passado, como fomos por três anos. Você me abraçou com seus fortes e confortantes braços e eu me senti segura. Segura de um jeito que há anos não me sinto. Porque eu só me sinto desse jeito em seus braços. Porque minha sincera segurança só vem de você. E eu sinto tanta falta, mas sentir e dizer não significa mais nada, existem outros caminhos, que eu não queria que existisse. 
Quando acordei, a mesma sensação de segurança, confiança, de conforto de que as coisas ficariam bem, ainda se fazia presente em mim. Essa não é a primeira vez. Sempre que tenho medo, te trago em sonhos. Gosto de ter seus sorriso, seu abraço, seus beijos. 
É saudade. 
Você foi o único amor que veio, cruzou minha vida, tocou minha alma e ficou marcado em minha pele. Não é doença nem obsessão. Aliás não é nada, só amor, daqueles que são únicos e maravilhosos. Que ficou e tenho que conviver com ele como algo concreto e parte da minha vida. Apenas da minha vida. Sei que você está bem sem mim, sem nós, sem o menor resquício do que passamos. Tudo bem que seja assim, pois quero sua felicidade mais do que imagina. 

 Não importam os anos, certas coisas simplesmente permanecem. 

quarta-feira, 4 de julho de 2012

Vindo de outros tempos mas sempre no horário...

A razão da sem-razão que à minha razão se faz, de tal maneira a minha razão enfraquece, que com razão me queixo da vossa formosura


Andante cavaleiro sem amores era árvore sem folhas nem frutos, e corpo sem alma.


Os altos céus que de vossa divindade divinamente com as estrelas vos fortificam, e vos fazem merecedora do merecimento que merece a vossa grandeza.



quarta-feira, 30 de maio de 2012

Exceto o que tinha e o que sobrou



Desde que o ano começou, eu tenho me poupado. Tenho saído menos. Conversado menos. Me divertido menos. Bebido menos(...) Evito. Evito a embriagues, e ando cada dia menos lúcida que a lucidez da razão. Evito a preocupação e me preocupo cada vez mais com isso. Evito as paixões e cada minuto meu coração cobra um espaço. Porém - há sempre um porém - no fim do dia, quando meu corpo pesa sobre o colchão, sinto falta de alguma coisa. Parece que minha vida, minhas emoções e meus pensamentos perdidos são as estrofes de alguma música de Chico. Eu consigo ver algumas estrelas da janela, os pontos parecem me levar pra longe, escuto palmas, o som é bonito. Mas está incompleto e é isso que eu sou. Peça incompleta do quebra-cabeça, descartada, talvez(...) Eu me apego. Gosto das coisas palpáveis e dos fins com pingos nos "i" e ponto de final feliz - ou não. Um ponto que aponta um novo começo. Uma ponte pro outro lado, poderia ser também. Penso: o gosto que gosto é o mesmo desgosto que me desgasta e tudo então fica tão confuso. Haverá sempre uma crise a mais (...) Evitar. Limitar. Sufocar. Me amarrar. Amar tudo que odeio. Odiar tudo que amo. Uma linha indivisível, sensível, tão embaraçada a si, ao oposto. Porque ninguém me disse que ser metade de mim dá tanto trabalho assim? Cadê meu manual? Minhas instruções? Quem perdeu ou quem queimou, sem pedir minha permissão? Os dias não tem sido normal. Ou será que eles nunca foram e finalmente agora são o que realmente são? Tenho tido muitas dúvidas, como se percebe. Me sinto um tanto Dom Quixote. E os dragões estão tão dentro quanto o nosso coração. Provavelmente, de mãos dadas, sem perceber(...)


sábado, 12 de maio de 2012

que seja doce



Ela tinha os cabelos despenteados, uma mochila nas costas e vestia uma camisa lilás. 
Ele tinha os cabelos longos e presos, o rosto em partes coberto por barba e usava óculos. 
Ela olhava para o horizonte. Ele olhava-a, com o olhar repleto de carinho.
Os dedos dele tocava suavemente o rosto dela, e vez ou outra, afastava alguns fios de cabelo que o vento sacudia. 
Havia algo invisível, algo maior, algo de amor entre eles. E ninguém percebia. 
Mas também não era preciso. Eles sentiam! 

quarta-feira, 9 de maio de 2012

Liberte-se. Livre-se.

Apesar de eu não achar ruim, confesso que meus dias estão turbulentos, atropelados, sempre cheio de coisas pra fazer, pra ler e pra entregar, mas hoje... hoje o dia foi extraordinário. Não sei explicar direito, mas quando acordei, o céu estava diferente, mais azul e o sol me sorriu. Como tinha aceito o convite pra participar da pesquisa e estudo do laboratório de movimento e corpo, fui. Pareceu que abriram meu corpo. Tinham anestesiado minha razão e me permitido viver com meu corpo. Era ele que se identificava e identificava tudo ao redor. Foi novo, foi indescritível, foi maravilhoso e foi livre!! Acho que essa é a palavra do dia. Liberdade! Foi exatamente isso que senti na sala do laboratório. Eu podia, meu corpo podia se libertar para fazer, mover, ou parar da maneira que quisesse, sem regras, padrões ou críticas racionais.  Depois dançar e dançar. E cada pulo, cada derreter de barreiras dos meus próprios medos, a confiança posta do outro lado. E eu tanto escutei: "Fecha os olhos e se joga, menina." Fechar os olhos, foi o que mais fiz hoje e isso é engraçado pra mim, porque não ver, vendar-me, me parece mais sincero, embora racionalmente seja o oposto. Mas quem disse que nascemos para ter certezas? Já que estamos sempre entre uma coisa e outra... tudo muda de figura, de lado, de sentido. Hoje, meu corpo usou-me. Ele gostou, eu gostei. E o eu que sou eu, foi simplesmente eu mesma. Parece estranho ou redundante, mas sei que pode ser compreendido numa linguagem universal que dispensa palavras e seus sentidos. 
Então pra fechar com chave de ouro, eu entro no facebook e estou marcada numa postagem da minha prima, e vejam só: Show do projeto musical Pouca Vogal, que tem o meu querido Humberto Gessinger e Duca  Leindecker. Eles já fizeram um show aqui, dia 19 de dezembro do ano retrasado se minha memória não falha, e eu fui tão feliz. Eu gosto muito, muito, muito mesmo do Gessinger!! E saber que terei a oportunidade de ouvi-lo outra vez, não sei, olhar pra ele já me deixa melhor, como se algo em mim expandisse, elevasse, libertasse (olha a palavrinha ai de novo). Então meu dia se tornou completamente. E estou escrevendo essa postagem ouvindo Engenheiros do Hawaii acústico MTV - meu preferido! 
Há uma energia inexplicável no que faz a gente sentir bem... ouvir engenheiros é assim pra mim. Por um tempo eu tinha deixado de ouvir, não sei dizer porque, mas hoje lembrar do jeito que lembrei, sabendo que daqui algumas semanas ele vai estar aqui (E EU VOU!!!) me deixa emocionada. Acho que muito disso vem da dança que agora dança em mim!! Mesmo que os outros não à veja como ela de fato é, porque procuram com os olhos o que não é pra ser percebido com esse sentido, mas também com outros. E acredito que as causas não estão perdidas. Nós só precisamos ir. Livres!

terça-feira, 3 de abril de 2012

Encontro gostoso! :)


Há meses atrás, decidi assumir uma penitencia pro período da quaresma. Listei algumas coisas das quais estava meio "viciada" e resolvi passar quarenta dias sem. Hoje completa esse tempo sem acessar minha conta no FB. Foi um período difícil, longo e meio torturante, mas também bom. Porque fora a vontade de ver o que se passa, pude dedicar mais tempo à pesquisas, a ler texto de estudo, ver mais filmes, ler quadrinhos, assistir novas séries, enfim, um universo que exite além das 'publicações e curtições' do face. Nessas descobertas, encontrei um podcast super bom. Eu não gostava muito, até que me deparei com esse, chamado Pipoca e Nanquim (#FicaaDica!!!).
Pô, os caras são ótimos, sem contar que é super descontraído. E ainda tem vários comentário que eles fazem que bate com meus pensamentos :)
Aproveito pra dizer que assino embaixo de todos os comentários do Daniel em relação ao GoT no podcast 35.


Bem, foi uma passagem rapidinha só pra deixar mais uma dica legal, na verdade duas: Podcast e Videocast do Pipoca e Nanquim (http://pipocaenanquim.com.br/) pra temperar nosso paladar por cinema, quadrinho, séries e outras coisas mais (...) e o sériado Game Of Thrones que estreou essa semana a segunda temporada!!! \o/